segunda-feira, 10 de maio de 2010

Berço de Gelo

I

desçe, flutua indecisa
vaga, sinuosa linha
esparsa doce e sozinha
sibila, carícia imprecisa
sussura em minha boca
tua estrela, poesia


II

valsa lírica e vândala
lânguida
saia que esvoaça à brisa
deseja fementida
sorri malícia, brinca à ira
e ao despertar agonia:
estrela poesia


III

confusa página de começo estranha
branca armadilha que seca a lágrima
entranha muda e sinistra
obcecada por quimérica fantasia
canta tua lástima e desgraça
lança tua negra alquimia
estrela poesia

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